Vivemos em um mundo onde os riscos, incertezas e conflitos fazem parte do dia a dia; surge daí, portanto, uma necessidade de indivíduos criativos, versáteis, responsáveis, conscientes, capazes de aprender e tomar decisões, ou seja: autônomos.
A construção da autonomia deve ser iniciada na infância com pequenas atitudes, como ter responsabilidade sobre seus pertences e atos e ajudar nos afazeres do dia a dia. Nós, adultos, devemos ajudar, promovendo situações que estimulem o pensamento e as descobertas, bem como permitir a interação com o outro e incentivar tentativas de realizar tarefas que pareçam difíceis, mostrando que, dessa forma, superamos todos os nossos desafios e assim nos tornamos adultos independentes e principalmente seguros no futuro. A criança ou adulto, que não tem esta independência, quando não está sendo “comandado” e instruído se perde e não consegue dar sequência aos afazeres, sendo “taxados” de preguiçosos ou “relaxados”.
Esta independência e segurança que o indivíduo autônomo adquire, leva-o a atuar de forma construtiva e crítica sobre a realidade, aplicando os princípios da ética.
A tarefa de “soltar as rédeas”, não é fácil, já que exige certo desapego ao sentimento de posse que temos pelas nossas crianças e o sentimento de evitar o sofrimento diante das frustrações. Porém, é necessário que todo esse movimento aconteça para que as crianças cresçam e amadureçam, lembrando que estamos criando pessoas para o mundo. Em certa hora, cedo ou tarde, terão que enfrentar e resolver problemas e poderemos não estar do lado para evitar que vivam essas situações, mas poderão contar com o que ensinamos.
O indivíduo autônomo é capaz de questionar, discutir, refletir e atuar em sociedade de forma expressiva e significativa.
Equipe Casa Verde